terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pesquisa mostra que endividado não presta atenção em juros e condições

Associação comercial traçou o perfil dos endividados de São Paulo70% dos entrevistados não sabem as taxas cobradas no parcelamento.

Todo mundo gostaria de ter dinheiro pra viver sem dever nada a ninguém. Mas é comum as pessoas darem um passo maior do que as pernas e depois ficarem pagando juro em cima de juro. E tudo porque geralmente o tomador de empréstimo não presta atenção nas condições dos financiamentos.Uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que os juros são mesmo os vilões dos endividados: 87% dos entrevistados consideram as taxas altas. Mesmo assim, a maioria é pega de surpresa – 70% das pessoas disseram não saber as taxas cobradas no parcelamento dos produtos comprados. Mas a informação sobre os juros geralmente está ali, acessível ao cliente antes dele fechar o negócio. O problema é que a maioria das pessoas nem olha a papelada antes de assinar. Segundo a pesquisa, 59% das pessoas dizem não ler o contrato de financiamento.

Cartão

A pesquisa mostra ainda uma mudança no comportamento do consumidor. O carnê, que antes era preferência no parcelamento, agora perdeu lugar para o cartão de crédito, que atinge 54% da preferência. Praticamente a metade dos endividados fez empréstimo consignado, quer dizer, não tem como escapar, pois ele é descontado na folha de pagamento. E só um terço dos consumidores faz um planejamento mensal dos gastos. Por falta de planejamento, muitos atrasam as parcelas. Segundo a Associação Comercial, não há saída: a melhor coisa depois de contrair a dívida é pagar o quanto antes.

"A orientação antes é ele fazer aquilo que a gente chamada de orçamento doméstico. É fazer aquela continha: quanto tem para receber e quanto tem para pagar para ver quanto sobra para comprometer numa prestação. E depois da dívida vencida é procurar o credor e ver se consegue refinanciar", aconselha o economista Marcel Solimeo.A pesquisa revelou também outro dado: em 22% das casas onde foram feitas as entrevistas, havia maiores de dezesseis anos desempregados. Fonte: G1 Notícias


Fonte: www.portaldoconsumidor.gov.br

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